Categoria: Gado de Corte

Manejo sanitário de bovinos de corte

Data: 16/03/22

Autor: Marketing

A produtividade do rebanho é diretamente influenciada por 3 pontos principais: melhoramento genético, nutrição e saúde.

As práticas de manejo relacionadas a sanidade do animal são de extrema importância para o lucro no seu negócio.

O manejo sanitário de bovinos deve ser feito a partir da separação dos animais em categorias, sendo:

  • Matrizes
  • Recém nascidos
  • Maternal (3-5 meses)
  • Desmama e pós desmama
  • Sobreanos
  • Novilhas e garrotes
  • Vacas e touros
manejo sanitário de bovinos

Matrizes

Os cuidados com os bezerros devem ser iniciados antes mesmo do nascimento.

Para isso, é importante garantir que as matrizes prenhas no terço final da gestação estejam nas melhores condições de saúde.

Vacinação contra diarreia neonatal

Dentre as práticas de manejo sanitário com essa categoria está a vacinação contra a diarreia neonatal.

A primeira dose deve ser aplicada no 7º mês de gestação (60 dias antes do parto), com aplicação de uma dose de reforço no 8º mês de gestação (30 dias antes do parto).

No caso das fêmeas que já foram vacinadas, é necessário apenas o reforço anual 30 dias antes do parto.

Para garantir o sucesso da vacinação, o ideal é que seja feita uma investigação do agente causal da diarreia na sua propriedade e, desta forma, escolher a vacina que melhor previne este problema.

Isso porque a vacina não terá efeito, por exemplo, se na sua propriedade a causa da diarreia for viral e seja usada uma vacina que previne agentes bacterianos.

Piquete maternidade

O direcionamento das matrizes para o piquete maternidade 30 dias antes da data de parto é outro ponto importante.

Esta prática irá auxiliar na implantação de uma rotina de acompanhamento de partos, facilitando a observação dos partos, realização da cura do umbigo e a ingestão de colostro, por exemplo.

Neste piquete, os pontos fundamentais a serem oferecidos aos animais são: conforto, higiene e tranquilidade, se atentando de que há uma adequada densidade de fêmeas, quantidade de alimento apropriada.

Recém nascidos

Os bezerros são os pilares da atividade, pois são eles a matéria prima do negócio.

Os animais devem ser expostos o mínimo possível à patógenos, estando em locais que garantam higiene, tenham acesso a água de qualidade e práticas de cuidados ao nascer.

Colostro

O colostro é um ponto crucial para a sanidade do bezerro, pois é desta forma que ele irá adquirir anticorpos passados pela mãe.

Deve ser ingerido uma quantidade de colostro correspondente à 10% do peso do animal nas primeiras horas de vida do bezerro, com uma qualidade maior do que 50 mg/ml (21% brix).

Cura do umbigo

A cura do umbigo deve ser feita após o nascimento do bezerro com o objetivo de fechar a porta de entrada de microrganismos.

Caso a cura do umbigo não seja feita de forma adequada, a saúde do animal será comprometida, bem como a sua produção ao longo da vida.

Aplicação de endectocida

A aplicação de endectocida irá depender da análise de uma série de fatores, como presença de miíase, tamanho do rebanho, presença de piquete maternidade e mão de obra.

Em um rebanho em que há mão de obra e um bom controle dos animais pós nascimento, a aplicação do endectocida torna-se dispensável.

Bezerros entre 3 – 5 meses (Maternal)

Os bezerros nesta categoria entram em um protocolo de vacinação extremamente importante para sua sanidade.

As vacinas indicadas para esta categoria são contra:

  • Clostridioses, incluindo botulismo
  • Lepstospirose
  • IBR (Rinotraqueite Infecciosa Bovina)
  • BDV (Diarreia bovina)
  • Raiva (de acordo com o Órgão de Defesa)
  • Brucelose (vacinação de fêmeas de 3 a 8 meses)
  • Febre aftosa (Calendário oficial)

Um outro ponto importante nessa fase é o controle de endoparasitas, buscando diminuir a carga parasitária e ter um maior aproveitamento dos nutrientes.

Desmama e pós desmama

A desmama ocorre, na média, entre 7 e 8 meses de idade.

No momento da desmama ocorre diversas coletas de dados zootécnicos, ponto muito importante para a gestão do negócio.

Como manejo sanitário, deve ser realizada uma nova desverminação.

Já no momento pós desmama, ou seja, entre 8 e 12 meses, o protocolo sanitário indicado é que seja feito o acompanhamento dos animais quanto a ocorrência de doenças, visto que toda a profilaxia (prevenção) já foi realizada nas fases anteriores.

Porém, a vacinação contra a Leptospirose é de reforço semestral, por isso o animal nesta categoria irá receber uma dose.

Além disso, o controle de ectoparasitas deve ser realizado de forma estratégica.

Para o controle de carrapatos o protocolo recomendado são 3 aplicações com intervalo de 21 dias no início da seca (março a abril) e outro no início das águas (novembro).

Sobreanos, matrizes e touros

Nesta fase, as fêmeas devem passar pela avaliação ginecológica, enquanto os machos usados para a reprodução devem ser submetidos ao exame andrológico.

Com relação às vacinas reprodutivas indicadas para esta categoria, as revacinações anuais contra IBR, BVD e leptospirose (semestral) devem ser efetuadas pelo menos um mês antes da estação.

Outras vacinas de reforço anual são as contra as clostridioses e raiva, seguindo o sistema de defesa agropecuária da região.

A vacina contra a febre aftosa também deve ser administrada nesta fase da vida dos animais desde que esteja seguindo a recomendação do calendário oficial.

Desverminação

No sobreano, a desverminação deve seguir o seguinte protocolo:

  • 1ª desverminação no maternal
  • 2ª desverminação à desmama
  • 3ª desverminação segue o cronograma de início, meio e fim de seca, ou seja, maio, julho e setembro, até o animal completar 24 meses de idade

O processo de desverminação não deve ocorrer em animais adultos, pois são resistentes e dispensam essa prática.

Benefícios das práticas de manejo sanitário

As vantagens da aplicação de um manejo sanitário rigoroso e bem feito na propriedade por ser visto quando se avalia os dados zootécnicos e, consequentemente, os resultados financeiros do negócio.

Isso porque há uma melhora, por exemplo, no índice de prenhez, redução na taxa de aborto e fundo de maternidade, além de redução dos custos com sanidade.

A prevenção é sempre a melhor alternativa.

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