A importância de um bom gerenciamento está relacionada com tomadas de decisões assertivas, planejamentos sólidos, metas atingidas e bons resultados financeiros.
Sendo assim, a necessidade de adquirir e de aprimorar conhecimentos relacionados ao controle financeiro é clara. Mas por onde começar?
O que é gestão financeira?
Gerenciar nada mais é do que o ato de dirigir uma empresa, um negócio ou uma fazenda.
A gestão financeira é uma das funções administrativas mais importantes em uma propriedade. Só assim é possível controlar e gerenciar os custos, com a visão de aperfeiçoar a administração das atividades e desenvolver a capacidade de aumentar a lucratividade do empreendimento pecuário.
Custo de produção do leite
Uma das estratégias para a gestão financeira de fazendas é conhecer os custos de produção e sua representatividade na receita, só assim o produtor saberá se a atividade é economicamente viável.
Existem diversas ferramentas, metodologias e formatos para se obter essa informação.
No entanto, faz-se necessário a obtenção das informações de movimentação financeira da propriedade, tendo confiança e constância na apuração desses dados.
Então, o primeiro passo é registrar!
Fazer o registro de todas as receitas provenientes da atividade e de todos os custos com insumos e serviços necessários para a produção, com suas respectivas datas é de extrema importância.
Saiba mais: Veja como reduzir os custos de produção de leite!
Receita X Custo
Receita:
São os recursos financeiros obtidos a partir da comercialização dos produtos ou serviços agropecuários da propriedade.
Exemplo: Venda de leite, venda de animais.
Custo:
É a soma dos valores monetários de todos os recursos produtivos que são utilizados no processo de produção do empreendimento rural.
Os custos do sistema produtivo de uma fazenda podem ser divididos em:
• Custo Operacional Efetivo (COE);
• Custo Operacional Total (COT);
• Custo Total (CT).
Fonte da imagem: Senar, 2017
Custo Operacional Efetivo (COE)
O Custo Operacional Efetivo – COE é o somatório de todos os gastos da atividade que geram desembolso para o produtor.
A análise do COE é muito importante! Se as receitas da fazenda são inferiores a este custo, pode-se dizer que a produção não está sendo sustentável no período analisado e pode indicar endividamento ou a aplicação de outras fontes de recursos financeiros na propriedade.
Esses são exemplos de custos que compõem o COE e que você precisa apurar e registrar:
- Alimentação: gastos referentes a alimentação dos animais (ração, silagem, pastagem, concentrado, suplemento mineral, etc.)
- Mão de Obra: custos com mão de obra contratada e de prestações de serviços (vaqueiro, retireiro, veterinário, tratorista, etc)
- Sanidade: custos relacionados a saúde e higienização dos animais (vacinas, medicamentos, etc)
- Reprodução: gastos relacionados à reprodução dos animais (luvas, sêmens, embriões, nitrogênio líquido, etc.)
- Material de Ordenha: gastos com camisa de filtro, detergente, escovas, papel toalha, etc.
- Manutenção: Gastos relativos à manutenção de equipamentos, reposição de peças, manutenção de cercas, manutenção em benfeitorias.
- Energia e Combustíveis: Custos gerados com o consumo de energia e de combustíveis, propriamente ditos.
- Impostos: todos os impostos oriundos da atividade leiteira.
- Outras despesas: São outros gastos que não estão ligados diretamente à produção e que não se encaixaram nos custos anteriores, como a compra de brincos, por exemplo.
Custo Operacional Efetivo – COT
Já o Custo Operacional Total – COT é a soma de todos esses custos do COE somados ao pró-labore e à depreciação.
COT = COE + Pró-labore + Depreciação |
O Pró-labore não é considerado um desembolso mensal como ocorre com o pagamento de funcionários contratados. Ele é contabilizado para a mão de obra familiar que não está envolvida diretamente no processo de produção. Deve ser definido pelo proprietário e pode ter como referência o valor da atividade exercida no mercado de trabalho.
Já a Depreciação corresponde a uma reserva monetária que o produtor deve fazer para a renovação de seu patrimônio, sem prejudicar a capacidade produtiva do negócio. Essa reserva deve ser sobre benfeitorias, máquinas, implementos, equipamentos, rebanho e pasto, por exemplo.
O levantamento desse indicador é importante, pois em casos onde o COE é menor que a receita e o COT é maior, pode-se dizer que a fazenda não possui reserva para a reposição de seus bens e que a longo prazo, ela perderá esses bens por inutilidade física ou por limitação da vida útil.
E em casos onde o COT é igual a receita, tem-se que a fazenda consegue repor os seus recursos para renovação dos bens, mas, não possui retorno sobre o capital investido.
Custo Total – CT
E por último, o Custo Total – CT é formado por todos os custos envolvidos na produção. Portanto, é a soma do COT juntamente com o que é chamado de Custo de Oportunidade.
CT = COT + Custo de Oportunidade |
O Custo de Oportunidade é a análise do lucro do negócio comparado a rendimentos do mercado financeiro.
Em outras palavras, a opção de investir na fazenda precisa ser recompensada pelo próprio negócio, possibilitando resultados maiores que os juros pagos no mercado.
Se o lucro for menor, o produtor precisará reavaliar suas estratégias, optando por mudanças na atividade, ou até mesmo, sobre a venda do patrimônio e o investimento no mercado financeiro, usufruindo dos juros obtidos
Conhecendo todos os tipos de custos e tendo em mãos as informações de movimentação financeira da propriedade, vamos aos cálculos!
Acompanhe este exemplo fictício…
Acompanhe o exemplo fictício abaixo e entenda como esses custos são distribuídos:
O Resultado, também chamado de Lucro Líquido, é a diferença entre a Receita Total e o Custo Total (CT) de produção, ou seja, o montante final após descontar todas as despesas.
Esse cálculo, que também pode ser representado em porcentagem, indica qual é a participação do seu lucro na receita.
No exemplo acima, pode-se dizer que a cada R$ 100,00 de receita, R$13,00 são de lucro líquido e os demais R$87,00 são de gastos de produção.
Cabe destacar que para o levantamento do custo de produção deve-se trabalhar somente com os insumos efetivamente utilizados e seus preços de compra.
O estoque e seus custos não deverão entrar no lançamento, pois ainda não foram usados no processo produtivo.
Como facilitar a gestão financeira na propriedade leiteira?
No PRODAP SMARTMILK, essas contas são realizadas automaticamente e compõem relatórios com comparativos mensais sobre todas as ocorrências (receitas e custos).
Vale ressaltar que, analisar o negócio considerando todo o ciclo produtivo e, não só, mensalmente é suma importância, uma vez que a atividade leiteira tem comportamento sazonal.
O PRODAP SMARTMILK também possibilita outras análises em gráfico, como a distribuição dos custos durante o mês. É possível identificar e monitorar o custo que está com a representatividade maior do que o desejado e, com isso, tomar decisões mais assertivas, como sobre onde atuar para reduzir custos de produção.
Ao implantar e utilizar um sistema de controle de custos, o produtor deixa o ‘achismo’ e passa a gerenciar os gastos financeiros da atividade com mais precisão.
Diante disso, é possível impulsionar uma busca no mercado por insumos mais baratos ou propor a otimização no processo produtivo da fazenda ao optar por realizar corte de despesas desnecessárias.
Quanto mais conhecimento e aperfeiçoamento do controle de custos, maior tenderá a ser o lucro do empreendimento agropecuário.
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