A atividade de recria na fase de baixa da pecuária tem sido cada vez mais adotada pelos pecuaristas brasileiros. Isso porque essa estratégia pode ser vantajosa financeiramente, desde que seja bem planejada e executada.
Nesta seção, iremos discutir se essa fase realmente pode trazer lucro para os pecuaristas. Veremos que a recria ocorre no período entre a desmama e o início da engorda dos animais e que essa etapa da criação de bovinos, ovinos, caprinos e outros animais para produção de carne e leite é fundamental para garantir a rentabilidade da atividade agropecuária.
A análise dos fatores que influenciam o resultado financeiro dessa atividade é essencial. Discutiremos a produtividade, a qualidade dos animais recriados e o aproveitamento das oportunidades de mercado. Além disso, abordaremos os riscos envolvidos e como os pecuaristas podem reduzi-los, maximizando o potencial de lucratividade.
Continue lendo para entender por que essa estratégia de criação de animais pode ser altamente rentável para os produtores brasileiros e quais são as vantagens competitivas que ela oferece no mercado agropecuário do país.
O que é a recria na fase de baixa da pecuária?
A recria na fase de baixa da pecuária é uma etapa importante na criação de animais que são utilizados para a produção de carne e leite. Essa fase ocorre entre a desmama e o início da engorda dos animais, quando eles ainda estão em crescimento.
É chamada de “fase de baixa” porque os preços do boi gordo costumam estar em queda, o que torna a engorda dos animais menos rentável. A recria, por sua vez, oferece uma alternativa para os produtores que desejam manter seus animais em crescimento e obter lucro mesmo durante a fase de baixa da pecuária.
Durante esse período, os animais são alimentados com pastagem, silagem e ração para garantir seu crescimento saudável e fortalecimento de seu organismo. Essa fase pode durar de seis meses a um ano, dependendo do manejo e da espécie animal.
A Lucratividade da Recria na Fase de Baixa da Pecuária
A recria na fase de baixa da pecuária pode ser uma estratégia lucrativa para os produtores, mas existem alguns fatores que devem ser levados em consideração para garantir a rentabilidade.
- Produtividade e qualidade
Estes são dois aspectos cruciais. É importante garantir que os animais recebam uma alimentação adequada e balanceada, bem como a atenção necessária em relação à saúde e ao bem-estar.
Além disso, é fundamental escolher animais de qualidade, que possuam um bom potencial genético e as características desejadas para a produção de carne ou leite.
- Aproveitamento das Oportunidades de Mercado
É importante estar atento aos movimentos do mercado e ajustar a produção de acordo com a demanda.
Por exemplo, se houver uma tendência de aumento na demanda por carne orgânica, os produtores podem explorar essa oportunidade e investir na recria de animais criados sem o uso de agrotóxicos e aditivos químicos.
- Riscos e Redução de Custos
Assim como em qualquer atividade agropecuária, a recria na fase de baixa da pecuária também envolve riscos, como doenças, perdas de animais e flutuações nos preços de mercado.
Para minimizar esses riscos, é importante adotar medidas de redução de custos, como o uso de boas práticas de manejo, a redução do desperdício de alimentos e o controle rigoroso dos gastos.
É fundamental estar preparado para lidar com imprevistos, como surtos de doenças, e ter um plano de contingência para minimizar os impactos financeiros.
Vantagens competitivas da recria na fase de baixa da pecuária
A estratégia de recria na fase de baixa da pecuária pode trazer diversas vantagens competitivas para os produtores. Entre elas, podemos destacar:
- Redução dos custos de produção
Nessa fase os animais ainda estão em fase de desenvolvimento e, portanto, têm menor exigência nutricional. Sendo assim, podem pastar em áreas menos nobres da propriedade, o que também contribui para a redução de custos com alimentação.
- Melhoria da qualidade dos animais
A recria na fase de baixa da pecuária pode contribuir para a melhoria da qualidade dos animais, já que é possível fazer a seleção dos melhores exemplares para continuar na fazenda. Dessa forma, os produtores podem garantir animais de melhor desempenho, maior ganho de peso e melhores índices reprodutivos, o que resulta em animais mais valorizados no mercado.
- Exploração de nichos de mercado
Explorar nichos de mercado nessa fase, como a produção de carne orgânica por exemplo, pode ser uma excelente opção. Os animais criados de forma sustentável e sem o uso de aditivos químicos são comercializados por preços mais elevados, o que contribui para a rentabilidade da fazenda.
- Flexibilidade na comercialização
Os animais em fase de recria apresentam menor peso e, consequentemente, menor valor de mercado. No entanto, a estratégia de recria na fase de baixa da pecuária pode garantir mais flexibilidade na comercialização, já que os produtores podem escolher o melhor momento para vender seus animais, de acordo com as oscilações do mercado. É possível aproveitar momentos de alta na cotação do boi gordo, por exemplo, para obter melhores preços.
Diante dessas vantagens, é possível afirmar que a recria na fase de baixa da pecuária pode ser uma estratégia vantajosa para os produtores que desejam se destacar no mercado agropecuário brasileiro.
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