O Processamento do milho é uma importante alavanca para o sucesso do negócio de confinamento.
Considerando que o milho, em todas as suas formas, grão inteiro, floculado, moído e o sorgo ou outros substitutivos, representam cerca de 50 a 70% dos custos de uma dieta, otimizar o aproveitamento destes insumos impacta positivamente os resultados financeiros da operação.
Existem diversas formas de utilização e técnicas de processamento destes materiais para inclusão na dieta, com o intuito de otimizar a atividade e melhorar a digestão destes alimentos.
Abaixo, abordaremos as 6 formas de uso e processamento do milho mais utilizadas no Brasil, onde se usa o milho tipo Flint..
1 – Milho Grão Inteiro
Consiste em se utilizar o milho na dieta, sem nenhum processamento.
Vantagens:
- Conveniência: Simplicidade da operação: Normalmente utilizado em dietas com ração peletizada onde apenas os dois ingredientes são utilizados na mistura havendo ausência de volumoso
Desvantagens:
- Menor digestibilidade do grão;
- Menor ganho médio diário do animal, em função do pior aproveitamento do alimento;
- Maior custo da @ produzida: entre 16 a 20% a mais em relação à técnica de processamento do milho moído fino.
2 – Milho Laminado
A técnica de processamento do milho laminado visa quebrar o grão em 3 a 4 partes através de um equipamento de Moinho de Rolo (laminador).
Possui crescente uso no Brasil.
Vantagens:
- Grande produtividade do equipamento (moinho de rolo), com capacidade de processamento de 800 a 1000 kg/cavalo/hora;
- Baixíssimo risco de acidose, independente do manejo de cocho;
- Pulverulência: Por apresentar partículas maiores reduz as perdas em relação ao milho moído fino.
Desvantagens:
- O moinho de rolo não pode ser usado para substitutos do milho (sorgo, milheto);
- Menor digestibilidade em relação ao milho moído fino, especialmente se tratando do milho flint;
- Maior custo da @ produzida: 8 a 12% a mais em relação ao moído fino;
3 – Milho Moído Fino
Técnica de processamento do milho mais utilizada no Brasil.
Utiliza-se o moinho martelo para este tipo de processamento, que consiste na trituração do milho pelos martelos do triturador e uma posterior seleção via peneira, das partículas estiverem com o tamanho ideal.
Vantagens:
- Maior digestibilidade do alimento quando comparado ao milho laminado e grão inteiro;
- Equipamento pode ser usado para os substitutivos do milho (sorgo e milheto);
- Maior ganho médio diária do animal quando comparado ao milho laminado e grão inteiro.
Desvantagens:
- Maior risco de acidose;
- Pulverulência: Devido ao pequeno tamanho das partículas, podem ocorrer perdas durante o processamento, armazenagem, transporte e distribuição do alimento.
4 – Milho Reidratado
Também conhecida como milho reconstituído.
Consiste em se moer o milho em peneira de 5 mm ou 7 mm, adicionando água uniformemente ao material – cerca de 230 litros de água/ton, com uma umidade ideal entre 34 a 38% – para posterior compactação e vedação, para que ocorra a fermentação como em uma silagem convencional.
Vantagens:
- Maior digestibilidade: 5 a 6% em relação ao milho moído fino;
- Armazenamento do milho em silos de menor custo;
Desvantagens:
- Dificuldade operacional da ensilagem;
- Riscos de desperdício, especialmente na retirada;
5 – Milho Grão Úmido
O procedimento refere-se a realizar uma colheita antecipada dos grãos, cerca de 3 a 4 semanas antes, com uma umidade ideal do milho em torno de 34 a 38%.
Depois de colhido, o grão é laminado em um moinho de rolo e então pode ser compactado e vedado na forma de silagem para fermentação anaeróbica.
Vantagens:
- Antecipação da colheita: otimiza o uso da terra;
- Aumento de digestibilidade: 10 a 12% em relação ao milho moído fino;
- Redução de perdas no armazenamento e custos com secagem para armazenamento em silos graneleiros;
Desvantagens:
- Risco de se perder o ponto de colheita e valor nutritivo;
- Riscos de desperdício, especialmente na retirada do material dos silos;
6 – Milho Floculado
Técnica utilizada em confinamentos de grande escala no Brasil, devido à necessidade de alto investimento.
O processamento consiste em se realizar a eliminação das impurezas do milho (equipamento selecionador), para posteriormente realizar o cozimento de alta temperatura e pressão deste material – em torno de 30 a 50 min – e por fim, submetê-lo a um moinho de rolo onde o milho é laminado – densidade ideal de 340 a 360 g/L.
Vantagens:
- Aumento de digestibilidade: 15-17% em relação ao milho moído e sorgo em 22-25% em relação do sorgo moído;
- Maior controle do processo em relação ao milho grão úmido;
Desvantagens:
- Alto investimento no equipamento;
COMPARATIVO
Grande parte do resultado financeiro do confinamento está diretamente ligado a dieta fornecida aos animais, seu custo e o desempenho que pode propiciar ao rebanho.
Como representam cerca de metade dos custos de uma dieta e impactam na performance dos animais, otimizar o aproveitamento de alimentos como milho, sorgo e seus substitutivos, é uma importante alavanca para o sucesso do negócio.
Várias são as técnicas de processamento do milho e, dentre as seis mais utilizadas no Brasil, todas apresentam uma série de vantagens e desvantagens que devem ser levadas em consideração no momento de optar por qual técnica seguir.
O importante é que a tomada de decisão seja realizada com base em análise e planejamento, sempre com o foco na alavancagem financeira do resultado.
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