O confinamento é uma importante alavanca estratégica para intensificar a produção pecuária, ela reduz o tempo de permanência dos animais na fazenda, aumenta o giro dando um melhor acabamento nas carcaças e alivia as pastagens nas épocas de seca.
O Brasil confina pouco menos de 5 milhões de cabeças, um número muito inexpressivo em face do rebanho total brasileiro onde o valor do boi magro e do milho são determinantes para lucratividade da operação de confinamento.
Existe uma heterogeneidade nos confinamentos brasileiros onde, mesmo essa sendo a atividade que produz a @ mais cara, vemos muitos confinamentos sem um processo de produção definido, e zero de controle das informações. E aí está o erro!
Em uma empresa, seja ela relacionada à pecuária ou não, é fundamental controlar todos os seus resultados e aprimorar processos para ganhar mais dinheiro. Afinal, se você não gerencia, com certeza está perdendo dinheiro em algum momento.
Nesse texto você vai entender um pouco mais sobre como tornar seu confinamento para gado de corte tecnológico e por que isso é benéfico, são só para a sua produção mas também para a pecuária do mundo!
Antes disso vamos entender as diferenças entre confinamentos que têm os seus processos digitalizados e confinamentos analógicos, esses do lugar comum que não gerenciam seus resultados… Vamos lá?
Confinamentos Analógicos ou Ultrapassados x Confinamentos Digitais
Você deve achar que o confinamento digital é aquele que é extremamente tecnológico e usa a tecnologia de todas as formas em seus processos, mas nem tanto!
Um confinamento digital não é aquele que tem mais tecnologia, mas sim aquele que usa a tecnologia certa para obter melhores resultados.
Dito isso, vamos analisar os processos de um confinamento analógico:
O Confinamento de gado de corte analógico
Os pontos em comum de qualquer processo produtivo do confinamento são:
1 – Análise de Insumos: O processo produtivo do confinamento começa na análise dos insumos (disponibilidade e preço) da região, uma vez definido os insumos a serem utilizados um especialista elabora a melhor dieta visando ganho de peso e lucratividade.
2 – Ajustes de Infraestrutura: As próximas etapas são os ajustes da infraestrutura do confinamento, Currais (baías), cocho, água, cerca tudo deve estar prontinho para receber os lotes (tem o processo de apartação/formação dos lotes), além de toda estrutura de fábrica para produzir e distribuir a ração para os animais.
3 – Carregamento: O carregamento é uma etapa importante para o processo, é onde a ‘receita’ é de fato produzida, e ainda vemos muitos confinamentos que não gerenciam a assertividade do carregamento, uma distorção nessa etapa pode comprometer todo o balanceamento da dieta.
4 – Distribuição: Após o carregamento é o momento da distribuição da dieta para os animais, e é onde encontramos uma maior distinção de processos dentro dos confinamentos brasileiros.
Nessa etapa do processo as formas de manejo podem ser diferentes… Falamos melhor sobre cada uma dessas formas, como implementar e quais seus pontos fortes e fracos nesse texto -> Gado confinado: 5 modelos de manejo de cocho para obter mais resultados
Temos confinamentos que fazem a oferta via ‘ad libitum’, que é um fornecimento à vontade para os animais de acordo com uma quantidade pré estabelecida.
Temos também o famoso ‘bica corrida’, que é um também um fornecimento à vontade e a diferença que nesse caso não a qualquer mensuração de consumo.
Tem o ‘manejo restritivo’, é um fornecimento que visa restringir em até 15% o ‘ad libitum’.
E, por fim, temos o ‘manejo cocho limpo’ e ‘manejo controlado’ a diferença entre os dois é que no cocho controlado permite se uma sobra de 1% a 8%, enquanto no cocho limpo o objetivo é 3% de sobra
Um dos pontos fundamentais para implementar um manejo de cocho de sucesso é a mensuração do escore de cocho, e aí onde vemos maiores oportunidades para otimizar o processo.
Na grande maioria dos confinamentos a leitura de escore é subjetiva, onde cada colaborador pode ter uma análise diferente perante a sobra de comida, o que se torna um problema uma vez que a leitura de cocho afeta diretamente o sucesso do confinamento
Além disso, o processo de leitura de cocho é um processo moroso, onde o operador coleta o escore em papel, e para depois realizar um lançamento para só depois ajustar os demais tratos do dia.
O erro de não fazer o controle das informações…
E mais uma vez encontramos vários confinamentos que não fazem um controle e gestão eficiente da sua distribuição e respectivo manejo de cocho.
Mensurar o consumo dos animais é um importante indicador de tendência para monitorarmos o ganho de peso dos animais, e ajustar estratégia para encontrar o ‘ponto ótimo de abate’ (momento onde é animal atinge o ponto ideal entre a relação de conversão perante o mercado, valor da @).
Um dos pontos que contribuem para o sucesso do confinamento, são as rotinas de ‘ronda da operação’ é estritamente necessário que o time de campo possa estar atento ao comportamento dos animais, e análise da infraestrutura para que possa intervir em problemas sanitários e até mesmo ajustes da infraestrutura.
A falta de informação precisa e ágil é o principal problema de um confinamento analógico. Como mencionei o confinamento é onde produzimos a @ mais cara do processo da pecuária.
E não mensurar cada etapa do processo certamente irá mascarar ineficiências.
Veja também: O custo da arroba produzida está cara? Saiba como resolver!
Um confinamento análogico tem dificuldades para mensurar o consumo dos animais (principal indicador de tendência de ganho de peso e resultado).
Autopsia x Check-up: O grande diferencial do confinamento digital
Brinco que um confinamento analógico faz a autópsia dos animais, navegamos no escuro durante toda a operação com um monte de ‘acho isso, acho aquilo’.
Mas a verdade mesmo é que os resultados só serão encontrados após o abate, e aí já não tem muito que ser feito para melhorar o rendimento desses animais. Aí todos os deslizes já impactaram diretamente no resultado financeiro da operação e no caixa (bolso) do pecuarista.
O Confinamento Digital, por sua vez, consegue com precisão fazer todos os exames de check-up da saúde da operação, otimizando seus processos de coleta de dados e para gerarando informações mais ágeis e fidedignas.
A partir daí essa informação gera o conhecimento necessário base para uma tomada de decisão mais rápida e assertiva.
Quantas vezes você, no seu confinamento, toma decisões baseadas em achismos ou sem realmente nenhuma comprovação de dados?
Um Confinamento Digital automatiza a coleta de dados, evitando erros de anotações e apontamentos, otimiza o uso do tempo dos colaboradores, para que eles possam estar mais atentos às rotinas do dia e ao comportamento dos animais.
Um Confinamento Digital dissemina a informação em todos os níveis hierárquicos para que todos tenham um mesmo objetivo (lucratividade) e um senso de urgência mais apurado, gerando insights para melhoria do processo produtivo em todos que estão envolvidos com a operação.
Ter um confinamento digital torna o pecuarista mais preparado para encarar os desafios e oportunidades do mercado.
3 passos para começar agora a transformar a história do seu Confinamento
Para quem ainda está operando no modo análogico, o importante é dar um passo de cada vez, dar passos pequenos mas consistentes é fundamental para não ‘assustar a operação’.
Deixo aqui os 3 primeiros passos explicados para transformar o seu confinamento analógico em um confinamento digital.
1 – Comece mensurando e gerindo as principais etapas do processo:
A gestão da rotina é essencial para gara como carregamento do vagão, distribuição do trato e manejo do cocho, são muito prejudiciais para o negócio como um todo.
As principais metricas as serem avaliadas por você são: Desvio do carregamento do vagão, Consumo em relação a curva meta, Estabilidade do consumo e Desvio do Fornecimento.
Já falamos um pouco mais sobre as metricas de gestão de um confinamento
2 – Implemente uma ferramenta que dê segurança e acurácia da informação
Um bom software deve possibilitar a transformação dos dados em conhecimento.
Por isso que eles buscam ser cada vez mais intuitívos e úteis, justamente para evitar um grande erro que várias empresas cometem: se confundir uma “montanha de dados” com um sistema de informação.
É no software que, dia após dia, vai ser possível acompanhar movimentos precisos de tudo o que foi realizado pelos funcionários e rebanho, prevendo situações perigosas e aumentando a produtividade da fazenda.
Um bom exemplo de um sistema de informação é o PRODAP views, mais avançado software de gestão da pecuária de corte do Brasil.
Desenvolvido em parceria com fazendas referência, o PRODAP views incorpora ao negócio de pecuária, a eficiência de processos benchmark.
Com módulos integrados – Reprodução, Recria e Engorda, Confinamento, Automação do Trato, Rastreabilidade e Integração com ERP’s –possibilita o trabalho simultâneo de várias equipes de campo off-line, o acesso mobile aos indicadores produtivos e o controle individual dos animais.
Sua implantação é realizada na fazenda e já envolve a capacitação da equipe e padronização de processos.
A gestão eficaz dos indicadores produtivos realizada pelo PRODAP views, garante aos empresários agilidade e assertividade às tomadas de decisões.
3 – Aprimore seus processos visando otimizar tempo e o trabalho da operação
Conheça o PRODAP views e gerencie e melhore cada etapa do seu processo produtivo!
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