A leitura do cocho é um processo do dia a dia de qualquer confinamento, busca-se ajustar a quantidade de alimento ofertada para o animal, minimizando o desperdício de um trato para o outro.
Por comumente ser realizada através de avaliações visuais, essa análise, que é tão importante para determinar o consumo do curral, acaba se tornando pouco tangível uma vez que depende de um conhecimento subjetivo do tratador ou responsável.
A leitura, da forma com que acontece hoje é intuitiva e isso significa que cada pessoa ou fazenda tem a sua própria forma de entender o escore de cocho tornando uma padronização algo impossível de ser alcançado.
O fato é que, quando se trabalha com maximização de resultados produtivos, principalmente em uma gestão de confinamento e com o agravante do impacto financeiro que a nutrição traz para esse negócio, o melhoramento de processos precisa ser pautado através da confiança na informação coletada. Ou seja, todos devem entender a mesma realidade quando o escore for apontado como -1, por exemplo, mas não é isso que acontece.
Tecnologia Prodap e a pecuária 4.0
Não ter precisão ou parâmetros bem definidos sobre os resultados de cada linha anula a evolução do negócio e causa prejuízos financeiros uma vez que, quando as coletas não podem ser interpretadas com exatidão, se perde a principal arma da pecuária digital que é a tomada de decisão assertiva para corrigir erros e manter a produtividade do negócio como um todo.
Pensando nisso a PRODAP tem desenvolvido um leitor de escore de cocho que processa com exatidão, e automaticamente, quantos quilos da dieta total de cada linha, cada curral e a cada trato, sobrou no cocho.
Essa solução, que vai para o mercado como uma ferramenta integrada à plataforma de gestão para a pecuária de corte da Prodap, o Prodap views, é apenas uma das frentes de inovação da empresa Mineira que, recentemente, gerou frisson no final de 2019 ao divulgar vídeos do evento Circuito Prodap Experience sobre a Cerca Virtual, projeto que já está em fase de testes em clientes.
Como funciona o escore de cocho digital?
Na rotina de confinamento o uso do software permite que o tratador faça a varredura de forma mais ágil e precisa, acoplando a câmera em meios de transporte como bicicleta, moto ou carro. Desse modo, à medida em que ela lê o cocho, o próprio Prodap views já propõe o ajuste do trato.
O leitor automático nada mais é que uma câmera 3D configurada para entender as imagens que processa. Essa tecnologia, chamada de visão computacional, escaneia a estrutura e, através de machine learning, um dos braços da inteligência artificial, determina quantos quilos daquela dieta total pré configurada sobrou em cada metro de linha de cocho.
Na imagem pode-se ver a forma com que a tecnologia enxerga o cocho no momento da varredura onde as faixas em vermelho são a estrutura do cocho e a parte verde representa a ração disponível.
O interessante é que essa forma de fazer leitura permite que o a plataforma Prodap views também identifique problemas como cocho quebrado, presença de pedra e até compreenda quando o há o consumo está ocorrendo no momento de leitura. Isso abre a possibilidade de que o sistema aponte pontos de melhoria estruturais e dê insights para o produtor sobre a qualidade da dieta ofertada.
A ferramenta, que já está em fase de testes para melhoria da acurácia, será disponibilizada no mercado ao chegar no nível de precisão de 90% segundo Breno Cerqueira, Diretor de Tecnologia da Prodap.
Impactos reais na pecuária Brasileira
“O que a gente têm aprendido sobre tecnologia é que quando o pecuarista espera o mercado testar para seguir o que mais deu certo pode cair em uma armadilha muito grande porque digitalizar a fazenda é muito mais que adquirir um software. Na pecuária digital a fazenda e equipe passam por etapas de aprendizado que estão vinculados ao costume de ver valor nos processos bem definidos e resultados tangíveis” explica Rafael Mendes, Gerente Comercial na Prodap.
O futuro está correndo a passos largos na pecuária brasileira e, ainda que pecuarista mais tradicionais não compreendam o mundo de possibilidades e rentabilidade que a tecnificação pode trazer para o ramo, o uso da tecnologia se mostra obrigatório para quem quer se manter competitivo em um mercado onde as margens de lucro estão cada vez mais estreitas.
Para isso é necessário desenvolver o negócio de forma com que pessoas, processos e tecnologia trabalhem em comunhão, o momento certo tem se mostrado agora.
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